sexta-feira, outubro 09, 2009

☥ Jogo perigoso ☥




O casal estava em seu quarto quando Paula teve a idéia de fazerem o jogo dos espíritos.
- Isso pode ser perigoso, minha pequena.
- Está com medo, amor?
Samuel sorriu meio sem graça da pergunta de sua namorada. A verdade era que ele estava com medo sim, mas não dos espíritos, e sim do que poderia acontecer durante tal jogo.
- Não estou com medo. Só acho que deveríamos ter mais gente aqui pra podermos fazer isso.
- Você é um puta de um emo medroso. – brincou a menina.
Samuel baixou a cabeça relembrando o que tinha ocorrido a algum tempo atrás, ou melhor, ele não conseguia lembrar o que acontecera.
Após Paula trazer um tabuleiro oiuja e se ajeitar no chão próximo da cama, a garota olhou séria para seu namorado.
- Desculpa não ter te contado, Sam. Já faz um tempinho que eu comprei esse tabuleiro.
Samuel olhou para sua namorada e olhou para o tabuleiro. Levantou os ombros em sinal de que não importava. Paula rapidamente pegou um copo e colocou-o em cima do tabuleiro.
- Tem certeza disso, pequena?
- Absoluta, meu príncipe. Agora relaxe. – disse sorrindo e ajeitando-se mais uma vez.
- Tem alguém aí? – Paula começou quando os dois estavam com seus dedos indicadores sobre o copo.
Por alguns segundos que pareceram uma eternidade fez-se silêncio no quarto.
- Tem algum espírito, aqui? – tornou a perguntar.
Samuel estava muito incomodado por estar participando desse jogo, mas se manteve firme, tudo para agradar sua namorada.
- Se tem algum espírito aqui agora, revele-se! – gritou a menina para espanto de Samuel.
As cortinas do quarto se ergueram, como se houvesse passado uma rajada de vento forte dentro do quarto. Samuel arregalou os olhos já suando frio, pois sabia que não poderia ter vento ali, já que as janelas estavam fechadas.
- Eu vou per...
Paula interrompeu a frase quando sentiu o copo ser arremessado contra a parede. Olhou para Samuel e ele estava de cabeça baixa. Sentiu um arrepio percorrer sua coluna quanto ele a olhou de um jeito estranho.
- Olá, putinha.
- Que palhaçada é essa, Sam? Não pode tirar o dedo do copo, quanto mais jogar na parede.
- Seu namoradinho emo está dormindo, vagabunda. Eu dou as cartas agora.
Os olhos de Samuel ficaram negros como a noite e um sorriso cruel escapou de seus lábios.
- O qu... que eu fiz? – gaguejou a menina.
- Você? HAHA! Você não tem forças para me chamar aqui. Muito menos com esse joguinho idiota de comunicação com espíritos. Por Deus! Você vez tudo errado, não chamaria nem um espírito que tivesse acabado de morrer.
Lágrimas escorreram dos olhos da menina, que teimou em engolir o choro.
- Eu vim aqui por causa do seu precioso Samuel. Ele é um receptáculo poderoso, sabia? – o demônio estava se divertindo com o terror da menina.
Paula apenas negou com a cabeça.
- Ah! Ele não te contou o que aconteceu quando eu dei o ar da graça da última vez? Que coisa feia da parte dele, não? – disse o demônio sorrindo.
O demônio fez um sinal com a mão e arremessou a garota na cama. Mais um gesto de sua mão e as roupas dela se desfizeram toda, expondo todo o corpo nu da menina.
- Sabe, eu fodi aquela puta da antiga namorada dele de todas as maneira possíveis. E até que a guria gostou. Gemeu legal, saca? Depois matei ela estrangulada em seus próprios intestinos.
O demônio estava em êxtase com o pavor que Paula sentia. Ela se encolhia na cama e chorava a cada palavra proferia da boca de seu amando Samuel.
- Não se preocupe, sua putinha gótica. Vou fazer diferente com você. Bem, ao menos na parte de te matar com seus intestinos. – sorriu o demônio.
Paula soluçava e chorava feito uma criança. Implorando em pensamentos por todos os santos e deuses que conhecia, para que algum desses lhe socorresse.
- E no fim das contas, seu querido Samuel não se lembrará que esteve aqui.
Os olhos do demônio assumiram um coloração avermelhada enquanto caminhava em direção a menina na cama.

quinta-feira, outubro 08, 2009

☥ Encanto sombrio ☥


Olho em seus olhos e vejo o desejo
Olho em seus lábios e vejo um sorriso
Olho e vejo a maneira sensual como caminha
Posso sussurrar por séculos juras de amores em seus ouvidos
Meu tom de voz é doce como mel
Mas, se olhar em meu coração
Verá meu amor sem fim...

- Edson Daeva

Observadores das sombras